Sem se posicionarem, Omar e Braga já articulam fundo para compensar perdas da ZFM e Omar fala em “novas matrizes econômicas”
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AMAZONAS |
Devido ao “esforço concentrado” dado a partir da ultima segunda-feira (03) pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para votar a pauta econômica do governo Lula, o senador amazonense Plínio Valério (PSDB) se posicionou a respeito do assunto, caso chegue ao Senado da maneira que está.
“Que eu diga claramente, o que eu já disse pelo menos umas 500 vezes, com mais uma que eu vou dizer, 501 vezes. Para o ano, de novo vai começar a briga da Zona Franca de Manaus.
O que diz respeito à zona franca, uma das minhas missões aqui como amazonense é defendê-la. Portanto, que fique claro ao Brasil, a República, aos meus companheiros de todas as regiões, que fique bem claro. Se o meu voto, se eu tiver que optar entre o governo federal, a República e o estado do Amazonas, eu não terei um minuto só de preocupação e ficarei sempre com o Amazonas”, disse Plínio.
O senador defendeu seu estado, no contexto em que precise optar por um modelo tributário que beneficie o país, porém prejudique a Zona Franca de Manaus (ZFM). Plínio fez a declaração após, na semana passada, o presidente da Câmara sinalizar a ordem para aprovar as pautas econômicas do governo federal.
“Conversei hoje com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para acertamos os temas econômicos que a Câmara dos Deputados vai apreciar semana que vem. Reforma tributária, Carf e arcabouço fiscal estão na pauta que queremos aprovar”, disse Lira.
Enquanto o assunto chega nessa semana na Câmara Federal, Plínio Valério já antecipou seu voto em uma futura discussão sobre o tema no Senado. Para ele, a Reforma Tributária discutida pelo governo Lula não tem seu apoio.
“O meu voto aqui é acima de tudo pelo e para o Amazonas. Se quiserem mutilar a Zona Franca, se essa reforma tributária continuar do jeito que está, novamente votarei contra, porque meu voto é a favor do Amazonas. Mil vezes vou dizer, mil vezes vou repetir, não me obrigue ficar entre decidir e escolher… e optar entre República ou Amazonas, porque eu vou ficar sempre com o Amazonas”, concluiu o senador amazonense pelo PSDB.
Omar e Braga também votariam contra?
Eduardo Braga (MDB), foi eleito em abril, presidente da Comissão mista da MP 1.162/2023, do Programa Habitacional Minha Casa Minha Vida e é parte da base do governo federal. Omar Aziz (PSD), desde novembro está com Lula, de quem recebeu o convite para fazer parte da comissão de transição de seu governo.
“O presidente Lula tem carinho e respeito por mim. Temos uma amizade de muito tempo”, declarou Omar na época do convite.
Nenhum dos dois senadores se posicionou contrário ou a favor da Reforma Tributária do governo Lula, caso não haja alteração no texto, como se posicionou Plínio Valério.
Ao ser questionado pelo O PODER, a assessoria de comunicação do senador Eduardo Braga divulgou uma matéria jornalística sobre as “negociações para garantir competitividade da ZFM e fundo de compensação para o AM”
“Após uma hora e meia de reunião, nesta quarta-feira (05/07), com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, congressistas e o governador do Amazonas, Wilson Lima, o senador Eduardo Braga reafirmou a importância da reforma tributária para o país, assim como a manutenção da competitividade do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) e a instituição de um fundo para compensar as perdas de arrecadação do Amazonas. Esses dois últimos pontos foram formalizados numa proposta entregue a Haddad”, diz o texto.
Em seguida o senador Eduardo Braga, aliado do governo que promove a Reforma Tributária, reconhece o que pode ocorrer com o estado, caso a ZFM seja prejudicada.
“O Amazonas será o que mais perderá em receita e do ponto de vista de atividade econômica. E isso não pode acontecer numa das regiões mais preservadas da floresta amazônica e que tem impacto obviamente no aquecimento global, na biodiversidade, na política de desenvolvimento sustentável, não só do Brasil, como do mundo”, conclui.
Mesmo assim, Braga já admite um fundo de compensação para as perdas da ZFM, o mesmo que Omar Aziz também diz estar “negociando” com o governo federal. No entanto, Omar vai além e dá indícios de que o governo Lula não voltará atrás, ao falar em “novas matrizes econômicas”.
“Em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), o líder da Bancada Federal do Amazonas, o senador Omar Aziz (PSD-AM), defendeu medidas para resguardar o Estado e o Polo Industrial de Manaus (PIM) de possíveis efeitos da reforma tributária. Entre as propostas da Bancada recebidas por Haddad está a criação de um fundo para compensar perdas na arrecadação e investir em novas matrizes econômicas”, diz o texto da assessoria de comunicação do Senador Omar.
Articulação, Wilson já faz desde seu mandato anterior
Por falar em articulação, não é de hoje que a ZFM sofre ataques e o estado se encontra sem posicionamento concreto sobre o futuro do modelo econômico. O governador do Amazonas faz viagens a Brasília (DF) desde seu mandato anterior e a cada ameaça, é mais enfático em defender a ZFM.
“A Zona Franca de Manaus é o modelo mais exitoso de desenvolvimento social , econômico e de proteção ambiental. Não é à toa que o estado do Amazonas é o mais preservado. Temos 1,5 Km², desse total 97% preservados. Por isso não podemos prescindir, nós não podemos abrir mão desse modelo”, declarou Wilson Lima, em mais uma reunião, nesta quarta-feira (05).
Nesta mesma reunião, o ministro petista Haddad falou que o governo vai ouvir as propostas do estado, entretanto, novamente sem dar garantias, falou que vai “eventualmente oferecer uma redação alternativa ou conciliatória”.
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
O prefeito de Tefé, Nicson Marreira (União Brasil), anunciou a contratação de três atrações para a 22ª Festa da Castanha, evento tradicional do município. O anúncio gerou repercussão devido aos altos valores envolvidos.
O prefeito de Belém, Igor Normando (MDB), escolheu uma prima de seu primo, o governador Helder Barbalho (MDB) para ocupar seu secretariado. Normando indicou a vereadora Nayara Barbalho da Cruz para chefiar a Secretaria de Inclusão e Acessibilidade. A prefeitura alega critérios técnicos para a nomeação.
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