Ações apontam coação de servidores públicos e criação de milícia digital para influenciar as eleições de 2024 em Humaitá
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O Ministério Público Eleitoral (MPE) ajuizou, nesta segunda-feira (30/9), duas ações de investigação judicial eleitoral contra o atual prefeito de Humaitá, José Cidenei Lobo do Nascimento, mais conhecido como Dedei Lobo (União Brasil), e o ex-prefeito Herivaneo Seixas (MDB), que concorrem às eleições de 2024. Ambos são acusados de abuso de poder político e econômico. As ações solicitam a cassação das candidaturas e a inelegibilidade de oito anos para os dois, conforme prevê a legislação eleitoral.
A primeira ação contra Dedei Lobo alega que o prefeito usou seu poder político para coagir 73 servidores municipais comissionados a realizarem atos de apoio à sua gestão, sob ameaça de exoneração. Os servidores foram inseridos em um grupo de WhatsApp, criado exclusivamente para disseminar conteúdos favoráveis ao prefeito e evitar qualquer crítica à sua administração. Testemunhas informaram que, em janeiro de 2024, o chefe de gabinete do prefeito, Jhonatan Maciel de Souza, teria afirmado que a permanência nos cargos estava condicionada a demonstrações públicas de apoio a Dedei Lobo. Em uma reunião gravada, Maciel disse: “Se você não acompanha o governo, é muito fácil o prefeito chegar com o juiz, o promotor ou o vereador e decidir por outra pessoa no cargo”. Aqueles que se manifestaram de forma crítica, como Paulinny Freire de Oliveira, foram ameaçados de demissão após expressarem insatisfação com a falta de recursos em um hospital local.
A segunda ação proposta pelo MPE contra Herivaneo Seixas investiga a formação de uma milícia digital, entre 2021 e 2024, com o objetivo de atacar adversários políticos e difundir desinformação. O ex-prefeito é acusado de financiar um grupo que produzia e distribuía conteúdos difamatórios nas redes sociais, utilizando recursos não declarados à Justiça Eleitoral. Parte da estratégia incluía o uso de “lawfare” — ações judiciais com o propósito de enfraquecer a imagem de opositores. Integrantes dessa milícia digital, como Geandre Soares da Conceição e Samuel Costa da Silva, formulavam denúncias ao Ministério Público com base em fatos infundados, enquanto outros membros, como Luiz Dávila da Silva Barroso e Claudionor Gonçalves de Oliveira, eram responsáveis pela criação e distribuição de conteúdo difamatório em redes sociais e grupos de WhatsApp, como “Língua de Fogo” e “A Bronca do Povo”.
As investigações apontam que o grupo conseguiu atingir grande parte da população de Humaitá, manipulando a opinião pública e buscando vantagem eleitoral para Herivaneo Seixas. Além disso, o ex-prefeito também teria financiado a defesa legal de membros da milícia digital, oferecendo proteção jurídica e custeando advogados para os envolvidos.
Diante das evidências, o Ministério Público Eleitoral solicita a cassação dos registros ou diplomas de ambos os candidatos e a realização de novas eleições, caso sejam condenados. O promotor eleitoral Sylvio Henrique Lorena Duque Estrada destacou a importância de manter a normalidade das eleições, reforçando que o processo seguirá os trâmites legais e que os eleitores devem comparecer às urnas no próximo domingo, independentemente do andamento judicial. Ele ainda esclareceu que, caso as ações resultem na perda dos mandatos, a consequência será a convocação de novas eleições, sem a participação dos candidatos infratores.
“A apuração e punição das infrações eleitorais é função do Ministério Público e da Justiça Eleitoral e será realizada com respeito aos direitos de defesa dos representados”, afirmou o promotor.
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O secretário da Casa Civil do Amazonas, Flávio Antony, participou em Roma do Fórum IAmazonia, representando o governador Wilson Lima. Ele destacou a importância de cuidar das pessoas que vivem na floresta e defendeu o acesso à internet e à água potável para as comunidades amazônicas. Antony citou ações do governo, como os programas Guardiões da Floresta e Escola da Floresta. “Ninguém se importa mais com a floresta do que o nosso povo”, afirmou. O evento segue até sexta-feira com debates sobre bioeconomia e justiça climática.
O PL 342/2025, do deputado Roberto Cidade (UB), torna obrigatória a notificação à polícia sobre o uso de dados em golpes cibernéticos no Amazonas. A proposta visa agilizar a identificação dos autores e proteger os cidadãos. Segundo a SSP-AM, os crimes cibernéticos cresceram 53,9% de 2023 a 2024. A notificação deverá ser feita em até 48 horas por operadoras, bancos, redes sociais e outras plataformas, contendo dados, descrição e indícios dos casos.
Segundo o Paraná Pesquisas, Lula enfrenta queda nas intenções de voto há 20 meses, caindo de 48% em agosto de 2023 para 40,4% em abril de 2025. Enquanto isso, Bolsonaro cresceu de 38,5% para 46% no mesmo período. A virada ocorreu em março de 2024. Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas também apresentaram alta, chegando a 45% e 43,4%, respectivamente. Em todos os cenários, Lula segue em queda, apesar das mudanças na comunicação do governo.
Alfredo Nascimento, presidente do PL no Amazonas, afirmou que ainda não há definições sobre as vagas de vice e segunda candidatura ao Senado na chapa de 2026. Ele destacou que a construção do grupo político será feita com base em afinidades ideológicas. Também ressaltou a pré-candidatura de Maria do Carmo Seffair ao governo como prioridade do PL e disse que vai colocar sua experiência à disposição para ajudá-la a ser governadora.
A Prefeitura de Novo Aripuanã firmou dois contratos que somam R$ 1,89 milhão para compra de mobiliário ao complexo administrativo, apesar de denúncias de abandono na rede municipal de ensino. Os contratos foram assinados com empresas de Manaus e gerenciados pela Secretaria de Administração. O MPAM apura problemas como falta de merenda, transporte escolar e insumos nas escolas, além de possíveis irregularidades em concurso público da gestão.
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