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Executivo - 01 de outubro de 2024
Foto: Reprodução

MPE pede cassação de candidaturas de Dedei Lobo e Herivaneo Seixas por abuso de poder

Ações apontam coação de servidores públicos e criação de milícia digital para influenciar as eleições de 2024 em Humaitá

Por: Redação
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O Ministério Público Eleitoral (MPE) ajuizou, nesta segunda-feira (30/9), duas ações de investigação judicial eleitoral contra o atual prefeito de Humaitá, José Cidenei Lobo do Nascimento, mais conhecido como Dedei Lobo (União Brasil), e o ex-prefeito Herivaneo Seixas (MDB), que concorrem às eleições de 2024. Ambos são acusados de abuso de poder político e econômico. As ações solicitam a cassação das candidaturas e a inelegibilidade de oito anos para os dois, conforme prevê a legislação eleitoral.

A primeira ação contra Dedei Lobo alega que o prefeito usou seu poder político para coagir 73 servidores municipais comissionados a realizarem atos de apoio à sua gestão, sob ameaça de exoneração. Os servidores foram inseridos em um grupo de WhatsApp, criado exclusivamente para disseminar conteúdos favoráveis ao prefeito e evitar qualquer crítica à sua administração. Testemunhas informaram que, em janeiro de 2024, o chefe de gabinete do prefeito, Jhonatan Maciel de Souza, teria afirmado que a permanência nos cargos estava condicionada a demonstrações públicas de apoio a Dedei Lobo. Em uma reunião gravada, Maciel disse: “Se você não acompanha o governo, é muito fácil o prefeito chegar com o juiz, o promotor ou o vereador e decidir por outra pessoa no cargo”. Aqueles que se manifestaram de forma crítica, como Paulinny Freire de Oliveira, foram ameaçados de demissão após expressarem insatisfação com a falta de recursos em um hospital local.

A segunda ação proposta pelo MPE contra Herivaneo Seixas investiga a formação de uma milícia digital, entre 2021 e 2024, com o objetivo de atacar adversários políticos e difundir desinformação. O ex-prefeito é acusado de financiar um grupo que produzia e distribuía conteúdos difamatórios nas redes sociais, utilizando recursos não declarados à Justiça Eleitoral. Parte da estratégia incluía o uso de “lawfare” — ações judiciais com o propósito de enfraquecer a imagem de opositores. Integrantes dessa milícia digital, como Geandre Soares da Conceição e Samuel Costa da Silva, formulavam denúncias ao Ministério Público com base em fatos infundados, enquanto outros membros, como Luiz Dávila da Silva Barroso e Claudionor Gonçalves de Oliveira, eram responsáveis pela criação e distribuição de conteúdo difamatório em redes sociais e grupos de WhatsApp, como “Língua de Fogo” e “A Bronca do Povo”.

As investigações apontam que o grupo conseguiu atingir grande parte da população de Humaitá, manipulando a opinião pública e buscando vantagem eleitoral para Herivaneo Seixas. Além disso, o ex-prefeito também teria financiado a defesa legal de membros da milícia digital, oferecendo proteção jurídica e custeando advogados para os envolvidos.

Diante das evidências, o Ministério Público Eleitoral solicita a cassação dos registros ou diplomas de ambos os candidatos e a realização de novas eleições, caso sejam condenados. O promotor eleitoral Sylvio Henrique Lorena Duque Estrada destacou a importância de manter a normalidade das eleições, reforçando que o processo seguirá os trâmites legais e que os eleitores devem comparecer às urnas no próximo domingo, independentemente do andamento judicial. Ele ainda esclareceu que, caso as ações resultem na perda dos mandatos, a consequência será a convocação de novas eleições, sem a participação dos candidatos infratores.

“A apuração e punição das infrações eleitorais é função do Ministério Público e da Justiça Eleitoral e será realizada com respeito aos direitos de defesa dos representados”, afirmou o promotor.

Leia mais: Subsecretário falta audiência e Lissandro afirma que vai ao MPAM para resolver questão da Manausmed

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Notas do Poder

24/04
12:42

FÓRUM IAMAZONIA

O secretário da Casa Civil do Amazonas, Flávio Antony, participou em Roma do Fórum IAmazonia, representando o governador Wilson Lima. Ele destacou a importância de cuidar das pessoas que vivem na floresta e defendeu o acesso à internet e à água potável para as comunidades amazônicas. Antony citou ações do governo, como os programas Guardiões da Floresta e Escola da Floresta. “Ninguém se importa mais com a floresta do que o nosso povo”, afirmou. O evento segue até sexta-feira com debates sobre bioeconomia e justiça climática.

24/04
12:41

PROJETO DE LEI

O PL 342/2025, do deputado Roberto Cidade (UB), torna obrigatória a notificação à polícia sobre o uso de dados em golpes cibernéticos no Amazonas. A proposta visa agilizar a identificação dos autores e proteger os cidadãos. Segundo a SSP-AM, os crimes cibernéticos cresceram 53,9% de 2023 a 2024. A notificação deverá ser feita em até 48 horas por operadoras, bancos, redes sociais e outras plataformas, contendo dados, descrição e indícios dos casos.

24/04
12:40

LULA QUEDA

Segundo o Paraná Pesquisas, Lula enfrenta queda nas intenções de voto há 20 meses, caindo de 48% em agosto de 2023 para 40,4% em abril de 2025. Enquanto isso, Bolsonaro cresceu de 38,5% para 46% no mesmo período. A virada ocorreu em março de 2024. Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas também apresentaram alta, chegando a 45% e 43,4%, respectivamente. Em todos os cenários, Lula segue em queda, apesar das mudanças na comunicação do governo.

24/04
12:40

PL AMAZONAS

Alfredo Nascimento, presidente do PL no Amazonas, afirmou que ainda não há definições sobre as vagas de vice e segunda candidatura ao Senado na chapa de 2026. Ele destacou que a construção do grupo político será feita com base em afinidades ideológicas. Também ressaltou a pré-candidatura de Maria do Carmo Seffair ao governo como prioridade do PL e disse que vai colocar sua experiência à disposição para ajudá-la a ser governadora.

21/04
18:26

MÓVEIS NOVO ARIPUANÃ

A Prefeitura de Novo Aripuanã firmou dois contratos que somam R$ 1,89 milhão para compra de mobiliário ao complexo administrativo, apesar de denúncias de abandono na rede municipal de ensino. Os contratos foram assinados com empresas de Manaus e gerenciados pela Secretaria de Administração. O MPAM apura problemas como falta de merenda, transporte escolar e insumos nas escolas, além de possíveis irregularidades em concurso público da gestão.

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