Pregão para compra de materiais de limpeza pública teria falhas na publicidade, restrição à concorrência e sobrepreço
Venha fazer parte do nosso grupo do Whatsapp e receba em primeira mão as notícias do momento!
A Prefeitura de Itacoatiara está sendo investigada pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM) por supostas irregularidades no Pregão Presencial nº 003/2025, destinado à aquisição de materiais de limpeza pública para a Secretaria Municipal de Infraestrutura. A abertura do Inquérito Civil foi publicada no Diário Oficial do MPAM nesta quarta-feira (12).
De acordo com o promotor de Justiça Vinícius Souza, a análise dos documentos fornecidos pela prefeitura apontou falhas na publicidade do edital, restrição à competitividade, ausência de justificativa para a quantidade de itens adquiridos e possíveis indícios de sobrepreço.
Uma das principais irregularidades apontadas pelo MPAM foi a falta de publicidade do edital e seus anexos. Segundo a legislação vigente, processos licitatórios devem ser amplamente divulgados no Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP) e em meios eletrônicos de acesso público. No entanto, no caso do pregão de Itacoatiara, os interessados só podiam obter o edital presencialmente na sede da prefeitura ou via solicitação por e-mail, o que fere os princípios da transparência e da ampla concorrência.
Além disso, a prefeitura optou por realizar a licitação na modalidade presencial, contrariando a recomendação da Lei nº 14.133/2021, que prioriza pregões eletrônicos para garantir maior competitividade. A justificativa do município era fomentar o comércio local, mas o MPAM contestou esse argumento, pois todas as empresas participantes eram de Manaus.
Outro ponto crítico identificado pelo MPAM foi a falta de embasamento técnico na estimativa de quantidades dos produtos adquiridos. O Termo de Referência previa a compra de 1.000 carrinhos de mão e 2.000 botas de segurança, sem justificativa detalhada, o que pode distorcer os preços finais e limitar a concorrência entre fornecedores.
A pesquisa de preços realizada pela prefeitura também não seguiu as diretrizes do Tribunal de Contas da União (TCU), que exige uma análise mais ampla dos valores de mercado. A administração municipal teria consultado apenas três empresas de Manaus, sem considerar preços praticados em outras licitações ou em portais especializados, o que pode ter inflacionado os valores e causado prejuízo aos cofres públicos.
O Ministério Público expediu uma recomendação ao prefeito Mário Abrahim para que suspenda a licitação e anule o procedimento administrativo e os contratos firmados.
A prefeitura tem 72 horas para apresentar uma resposta formal sobre as providências adotadas, incluindo documentação comprobatória. Caso a recomendação não seja cumprida, o prefeito poderá responder judicialmente por improbidade administrativa.
Leia mais: Prefeitura de Itacoatiara é cobrada por não criar Guarda Municipal e não realizar concurso público
A secretária de Saúde de Manaus, Shádia Fraxe, proibiu servidores da Semsa de opinar sobre a pasta e as UBSs nas redes sociais, sob risco de demissão. A Portaria 253 também veta filmagens e fotos nas unidades. O vereador Rodrigo Guedes (PP) criticou a medida, chamando-a de “ditadura”. Além disso, servidores não podem postar imagens com uniforme da Semsa. A secretaria ainda não comentou as restrições.
A Prefeitura de Manaus prevê gastar R$ 9,9 milhões em contratos da Manauscult para organização de eventos. Os termos, divulgados no DOM em 13 de março, têm validade de seis meses, mas não detalham os eventos contemplados. O maior contrato, de R$ 6,2 milhões, foi firmado com a UP Fest. Outra empresa contratada tem capital social de R$ 680 mil. O alto valor e a falta de transparência geram questionamentos.
A Prefeitura de Lábrea contratou a empresa Izac Arruda Feitosa Junior por R$ 4,1 milhões para fornecer merenda escolar. O contrato foi firmado após o Pregão Eletrônico nº 010/2025 e homologado pelo prefeito Gerlando Lopes (PL). A empresa, sediada em Lábrea, possui capital social de R$ 500 mil. A gestão municipal ainda não detalhou os produtos adquiridos nem a distribuição nas escolas.
O TRE-AM cassou o mandato do prefeito de Envira, Ivon Rates (PSD), e determinou novas eleições. O julgamento terminou empatado em 3 a 3, sendo decidido pelo voto da presidente da corte, Carla Reis. A ação foi movida pela coligação “A História Continua”, que alegou improbidade administrativa devido à rejeição das contas de Rates pelo TCU. Com a decisão, o tribunal deve organizar o novo pleito conforme as regras do TSE.
O Ministério Público do Amazonas (MPAM) abriu investigação sobre a viagem do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), a Saint Barthélemy, no Caribe, após denúncias de possível custeamento com recursos públicos. O prefeito nega irregularidades e afirma ter arcado com os custos.
Deixe um comentário