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Executivo - 20 de julho de 2024
Foto: Reprodução/Internet

Lula e PT miram grandes colégios eleitorais do Amazonas

O presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT) estão apoiando estrategicamente pré-candidatos em cidades-chave do Amazonas, ameaçando a influência do governador Wilson Lima (União Brasil) nessas localidades. Articulações dos aliados de Lula têm fortalecido esses candidatos, mudando a dinâmica política local e criando uma disputa acirrada pelo controle dessas regiões

Por: Pricila de Assis
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O presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT) estão apoiando estrategicamente pré-candidatos em cidades-chave do Amazonas, ameaçando a influência do governador Wilson Lima (União Brasil) nessas localidades. Articulações dos aliados de Lula têm fortalecido esses candidatos, mudando a dinâmica política local e criando uma disputa acirrada pelo controle dessas regiões.

Nesta semana, a presidente da Executiva Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, divulgou um vídeo sobre a determinação de apoiar o pré-candidato a prefeito de Parintins, Mateus Assayag (PSD), que era filiado ao Partido Liberal (PL) do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro. O pré-candidato do Partido Social Democrático (PSD) conta com o apoio dos senadores Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB) e do prefeito da cidade, Bi Garcia (PSD), que foi reeleito em 2020 com 65,65% dos votos dos parintinenses.

Com o cenário do PT apoiando Assayag em Parintins, um dos maiores colegiados eleitorais do Estado, com 70.228 eleitores, há uma ameaça à pré-candidatura da vereadora Brena Dianná (União Brasil) à prefeitura da Ilha Tupinambarana. Em 2020, ela recebeu 1.183 votos, e em 2022, tentou uma vaga na Assembleia Legislativa, conquistando 13.590 votos.

A parlamentar conta com o apoio de Wilson Lima, que comanda o União Brasil no estado.

O PT nacional, em suas determinações na corrida eleitoral, também anunciou que apoiará a reeleição do prefeito de Itacoatiara, Mário Abrahim (Republicanos), desfavorecendo a pré-candidatura do deputado estadual Cabo Maciel (PL), que buscava o apoio do partido de Lula. O governador do Amazonas ainda não definiu seu apoio para a prefeitura do município, que é o segundo maior colegiado eleitoral do estado, com 72.518 eleitores.

A disputa continua acirrada nos bastidores em Manacapuru, que possui um número de eleitores ainda maior, com 75.992 votantes. Um dos aliados de Lula, o senador Omar Aziz, articula alianças para favorecer o atual prefeito do município, Beto D’Ângelo (Republicanos). No entanto, Wilson Lima (UB) apoia o ex-prefeito Angelus Figueira (DC).

Influências 

Conforme o cientista político, Helso do Carmo Ribeiro Filho, entende que a figura do presidente do Brasil é a porta de entrada para vencer as eleições municipais, não apenas no Amazonas, mas em outras capitais do País.

“Se você pegar as eleições no Amazonas, o PT, o Lula, ganhou em quase todos os municípios, perdendo em quatro, dentre eles Manaus. Não vejo o PT como o grande cabo eleitoral da eleição e sim o presidente Lula. A influência é grande, não é normal em nenhum estado brasileiro ter uma vitória tão acachapante assim em termos de números de cidades. Então, é evidente que pode ter uma influência, mesmo acreditando que fatores locais às vezes são superiores à ideia partidária, isso aí não tem a menor dúvida”, explica.

Para o pesquisador eleitoral, Afrânio Soares, essa mobilidade nos bastidores da política envolvendo o nome de Lula, é o que vem ajudando a fortalecer os arcos de alianças, ainda mais relembrando as ações positivas que beneficiou municípios, como, por exemplo, o projeto ‘Luz Para Todos’.

“Esse trabalho de resgatar as memórias de projetos sociais e efetivos feitos nos interiores do Amazonas, mostra um olhar mais humano para as pessoas mais carentes. Na minha opinião, o Lula é maior que o PT no interior do Amazonas”, disse.

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08/07
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O presidente da CMM, vereador David Reis (Avante), é investigado pelo TCE-AM por suposto nepotismo, após denúncia anônima apontar a nomeação de sua tia, Aldenizia Rodrigues Valente, como diretora de Contabilidade da Casa. A prática violaria a Súmula Vinculante nº 13 do STF. A denúncia também aponta possível improbidade administrativa. O caso já havia sido citado em 2021, quando a servidora afirmou ter qualificação e mais de 20 anos de serviço público.

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08/07
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27/06
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MAIS DEPUTADOS

O Senado aprovou o projeto que amplia de 513 para 531 o número de deputados federais. A proposta, que segue para nova análise da Câmara, busca redistribuir as cadeiras com base no Censo de 2022. O relator, Marcelo Castro, garantiu que não haverá aumento nos gastos públicos, exceto nas emendas parlamentares. Estados como Amazonas, Pará e Santa Catarina devem ganhar novas vagas.

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