Grupo de ministros generaliza garimpeiros como autores de ataque, enquanto PF aponta facção criminosa

PAÍS |

Durante a coletiva na tarde desta segunda-feira (1), um grupo de ministros e membros do alto escalão do IBAMA, Funai, Polícia federal e outros órgãos falaram sobre os ataques em território Yanomami no estado de Roraima.

Os representantes do governo federal fizeram questão de frisar e responsabilizar de forma geral os garimpeiros, mas o diretor da PF de Roraima, Humberto Freire, usou o termo “Garimpeiros Faccionados” em uma maneira de distinguir os trabalhadores do garimpo.

A ministra do meio ambiente, Marina Silva, apontou que no território Yanomami apenas 70% dos garimpeiros haviam saído do território, mas em março a comissão do senado que apura a crise Yanomami esteve no estado e os senadores afirmaram que cerca de 95% dos 20 mil garimpeiros que estavam em terra indígena já saíram do local.

“As ações vão ser intensificadas. Vamos reforçar as equipes do Ibama, da PRF, da Polícia Federal, com as Forças Armadas, que é fundamental o suporte logístico, e toda parte operacional para que a gente possa dar uma respostas a altura […] Não podemos esquecer que as pessoas que estão no garimpo cometendo um crime”, afirmou a ministra.

O grupo enviado pelo presidente Lula foi enviado após um confronto entre agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante pouso na região, quatro criminosos morreram, e um deles era foragido da Justiça no Estado do Amapá. Os corpos chegaram a Boa Vista na noite de domingo (30).

O ataque teria ocorrido na região de Uaicás e está sendo investigado pela Polícia Federal e demais órgãos.

Um dia antes três indígenas foram baleados na mesma região, levando a óbito Ilson Xiriana, agente de saúde.

Fotos: Divulgação