O prefeito David Almeida e o partido Avante são acusados de desrespeitar as regras eleitorais ao realizar convenção partidária com características de comício, antes do período permitido para propaganda eleitoral
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A Federação PSDB-Cidadania entrou com uma representação no Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) contra o prefeito de Manaus, David Almeida, e a Comissão Provisória do Partido Avante de Manaus. O motivo da ação é a alegação de que ambos teriam realizado propaganda eleitoral extemporânea, ou seja, fora do período permitido pela legislação eleitoral.
Segundo a Federação, a convenção partidária realizada pelo Avante no dia 3 de agosto, no Espaço Via Torres, Zona Norte de Manaus, apresentou características de um comício eleitoral, apesar de ser destinada, em teoria, à escolha interna dos candidatos que disputarão as eleições de 2024. Durante o evento, foram utilizados jingles, faixas, e houve menções explícitas ao número de urna do candidato, o que, de acordo com a representação, configura propaganda eleitoral antecipada.
O documento cita que, em convenções, é necessário observar as regras que limitam a propaganda eleitoral, mesmo que estas sejam realizadas antes do início oficial da campanha, marcado pela legislação para o dia 16 de agosto. A Federação argumenta que, ao usar o evento para promover sua candidatura e pedir votos de forma direta ou indireta, David Almeida e seu partido teriam desrespeitado a paridade de armas entre os candidatos, prejudicando a igualdade de condições no pleito eleitoral.
A representação ainda menciona que o evento foi amplamente divulgado nas redes sociais, aumentando o alcance da propaganda eleitoral fora do período permitido. O material publicado inclui vídeos e fotos do evento, com destaque para a participação popular e a menção frequente ao número de urna do candidato.
No pedido apresentado ao TRE-AM, a Federação PSDB-Cidadania solicita a aplicação de multa aos responsáveis pela divulgação da propaganda irregular e que seja restabelecida a igualdade de condições para todos os candidatos. A ação se fundamenta na Lei n.º 9.504/97, que rege as eleições, e em jurisprudências do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que têm considerado a divulgação de número de urna e pedidos de voto em convenções como propaganda eleitoral extemporânea.
Agora, o caso aguarda decisão do TRE-AM, que deverá analisar as provas apresentadas e julgar se houve ou não desrespeito às normas eleitorais. Enquanto isso, a campanha eleitoral oficial se aproxima, com o início marcado para 16 de agosto, quando todas as candidaturas estarão oficialmente em campanha, e as regras para propaganda se tornam mais flexíveis, dentro dos limites estabelecidos pela legislação.
DOCUMENTAÇÃO – REPRESENTAÇÃO PSDB-CIDADANIA
O Ministério Público do Amazonas (MPAM) abriu investigação sobre a viagem do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), a Saint Barthélemy, no Caribe, após denúncias de possível custeamento com recursos públicos. O prefeito nega irregularidades e afirma ter arcado com os custos.
A Câmara Municipal de Manaus (CMM) decidiu anular os três editais do concurso público realizado em setembro de 2024, após recomendação do Ministério Público do Amazonas (MPAM). A decisão foi tomada com o apoio de 23 dos 24 vereadores e da Procuradoria-Geral da Casa, devido a falhas que comprometeram a transparência do certame.
Após 14 anos, a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) voltará a realizar um concurso público. O presidente da Casa, deputado Roberto Cidade (União Brasil), anunciou nesta quarta-feira (13) que o certame oferecerá 100 vagas, sendo 60 para nível superior e 40 para nível médio, além de um cadastro reserva com 200 vagas.
Uma nova pesquisa da Ipsos-Ipec, divulgada nesta quinta-feira (13), indica um crescimento na insatisfação com o governo do presidente Lula (PT). O levantamento mostra que 41% dos brasileiros classificam a gestão como “ruim” ou “péssima”, um aumento de sete pontos percentuais em relação a dezembro de 2024, quando o índice era de 34%.
Janaína Jamilla anunciou sua saída do Fundo Manaus Solidária após dois meses no cargo. Em postagem nas redes sociais, afirmou que deixará a função para se dedicar aos negócios e à família. Nomeada em janeiro, sua escolha foi questionada por falta de formação técnica na área. Ex-candidata pelo Avante, ocupava um cargo equivalente a subsecretária, com salário de R$ 22 mil. Em sua despedida, destacou projetos que coordenou, mas não mencionou o prefeito David Almeida ou a primeira-dama.
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