Em uma sessão marcada por intensos embates, a Câmara Municipal de Manaus aprovou nesta terça-feira (25) o pedido de empréstimo de R$ 2,5 bilhões solicitado pela prefeitura, apesar da forte resistência da oposição
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Em uma sessão marcada por intensos embates, a Câmara Municipal de Manaus aprovou nesta terça-feira (25) o pedido de empréstimo de R$ 2,5 bilhões solicitado pela prefeitura, apesar da forte resistência da oposição.
O projeto, parte da Mensagem nº 12/2025 do Poder Executivo, foi alvo de inúmeras tentativas de obstrução por parte dos vereadores oposicionistas. Paulo Tyrone pediu esclarecimentos da controladoria do município, enquanto Rodrigo Guedes solicitou depoimento de um perito. No entanto, o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), Gilmar Nascimento, rejeitou as exigências, alegando que não eram necessárias para o trâmite da matéria. Mais cedo, foi aprovado o pedido de urgência para a proposta.
Mesmo diante das manobras da oposição, a base governista conseguiu garantir a maioria necessária para a aprovação do empréstimo. Além disso, a Câmara também aprovou um financiamento complementar de R$ 145,8 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pelo Programa de Modernização da Administração Tributária e da Gestão dos Setores Sociais Básicos (PMAT).
A matéria foi pautada pela manhã e aprovada no início da tarde desta terça-feira.
Agora, o Executivo municipal poderá prosseguir com as negociações para a liberação dos recursos.
O vereador Coronel Rosses (PL) criticou duramente o novo pedido de empréstimo do Executivo municipal, alegando falta de transparência e afirmando que o montante se soma à arrecadação anual da cidade, estimada em R$ 10 bilhões.
O vereador Diego Afonso (União Brasil) também se posicionou contra mais um empréstimo da Prefeitura de Manaus. Ele argumentou que a gestão municipal prioriza inaugurações simbólicas em vez de investimentos em drenagem e infraestrutura.
Afonso criticou o uso do empréstimo para cobrir dívidas e afirmou que a medida não trará melhorias reais para a cidade. Ele também mencionou que outros membros de sua bancada, como Rodrigo Sá, compartilham da mesma posição contrária à aprovação.
O vereador Zé Ricardo (PT) lembrou que, até o momento, o município já pagou mais de R$ 3 bilhões de dívidas de empréstimos anteriores, e a dívida total da cidade chega a quase R$ 4 bilhões, o que implica em uma alta carga de juros. Ele questionou se o valor será investido em áreas essenciais como infraestrutura, drenagem, saneamento, mobilidade urbana ou prevenção, especialmente considerando os problemas causados pelas chuvas em Manaus nas últimas semanas.
Pela primeira vez desde 2022, petistas e bolsonaristas aparecem empatados em apoio popular, com 35% cada, segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 10 e 11 de junho. A queda dos petistas coincide com a crescente reprovação ao governo Lula, enquanto o apoio a Bolsonaro se mantém estável, mesmo após seu julgamento no STF. O levantamento ouviu 2.004 pessoas em 136 cidades do país, com margem de erro de dois pontos percentuais.
A Prefeitura de Manaus contratou, sem licitação, a empresa MIRAX Segurança LTDA. por R$ 20,7 milhões para serviços de vigilância armada e desarmada. A dispensa se baseia na nova Lei de Licitações, alegando situação emergencial. O contrato visa proteger bens públicos e garantir o funcionamento dos órgãos municipais. A empresa é sediada em Manaus e atua desde 2019 no setor de segurança privada.
O Banco Central elevou a Selic para 15% ao ano, maior nível desde 2006, visando conter a inflação persistente. A medida, porém, encarece o crédito, reduz o consumo e pode comprometer o crescimento econômico. O BC projeta um PIB de 1,9% em 2025, abaixo da estimativa de 2,2% do mercado. A alta da taxa pode pressionar ainda mais a atividade econômica no país.
O conselheiro Josué Cláudio, do TCE-AM, deu prazo de cinco dias úteis para que a Câmara de Manaus se manifeste sobre possíveis irregularidades na tramitação da LDO 2026. A representação, feita pelo vereador José Ricardo, aponta ausência de audiências públicas. O pedido de medida cautelar foi negado inicialmente. A decisão está publicada no Diário Oficial nº 3574, de 16 de junho.
A Prefeitura de Manaus recuou da tentativa de aprovar o Projeto de Lei nº 242/2025, que tornaria obrigatório o uso do cartão PassaFácil por idosos no transporte coletivo. A proposta foi retirada da pauta pelo líder do prefeito, vereador Eduardo Alfaia, após críticas no plenário. Parlamentares de diversos partidos chamaram o projeto de retrocesso. O Executivo justificou a medida como forma de combater fraudes, mas reconheceu a necessidade de mais diálogo.
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