Filha de produtores rurais da área ribeirinha de Manacapuru, região metropolitana de Manaus, saiu da comunidade em que vivia com os pais aos 14 anos e foi estudar no município
Venha fazer parte do nosso grupo do Whatsapp e receba em primeira mão as notícias do momento!
Eliana me atendeu com o pato no fogo. Enquanto preparava o almoço, foi contando, entre pausas e gargalhas, um pouco da história de superação dela. Era um domingo e eu liguei pra saber mais sobre uma mulher que depois dos 40 anos e com filhos criados, ainda tinha que sustentar a família com a força do trabalho na roça. Filha de produtores rurais da área ribeirinha de Manacapuru, região metropolitana de Manaus, saiu da comunidade em que vivia com os pais aos 14 anos e foi estudar no município. Concluiu o curso técnico de contabilidade e foi a primeira mulher a presidir a cooperativa agrícola da cidade. Eliana casou, teve filhos.
Tudo caminhava bem até que uma tragédia ousou interromper os planos da jovem mulher. A virada radical na vida veio após um incêndio. Em 2013, o fogo destruiu a sede da cooperativa. Máquinas, equipamentos, mudas, sonhos…tudo virou cinza e ela teve que recomeçar.
Depois de muito sofrimento, ela encontrou uma alternativa. “Lutei muito pela cooperativa e fiquei desnorteada com o incêndio. Como já havia comprado um terreno na região de Acajatuba, onde eu já plantava maracujá, investi nisso. Tive que me reinventar como gestora e mulher. Foi um período difícil, mas que lembro com orgulho”, diz com a voz embargada.
Mesmo sem condições de conseguir empréstimos, ela procurou a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e trocou o maracujá pelo guaraná. “A maioria das pessoas têm medo do novo, só que eu amo desafios. Meu marido ficou resistente à época e não me apoiou. Ele plantava pimenta de cheiro em um pedaço do terreno e eu precisei do espaço para começar o cultivo. Ficou chateado, mas entendeu. Depois que ele constatou que o negócio ia bem, mudou de ideia. Eu costumo dizer que ele é a força e eu sou a direção. Ele diz que sem a minha direção ele não sobrevive”, conta ela entre risos.
Eliana se autodefine como “teimosa e abusada”. E ela sabia que para conseguir os objetivos precisava de audácia e conhecimento. Procurou o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE-AM) e buscou capacitação. Fez cursos, viajou para introduzir novas culturas ao plantio do guaraná e de outros frutos. Venceu. As 200 mudas lá do começo, deram vida a uma nova cooperativa que ajuda no sustento de 15 funcionários, que já receberam do SEBRAE, treinamento para empreender na área da gastronomia. “Eu sempre acreditei que sozinha a gente pode correr mais rápido, mas juntos podemos ir muito mais longe. O Sebrae sempre me apoiou e pegou na minha mão. Ajudou a criar a logomarca e a registrar a minha empresa. Capacitou meus cooperados e agora posso atender outras mulheres que, como eu, buscam empreender”, conta, ainda mexendo a panela do almoço. Com o guaraná, Eliana Medeiro (sem S mesmo), 52 anos, dois filhos e quatro netos, dá conta de um viveiro de mudas e atende outros produtores, gerando emprego e renda. Ela dispõe de equipamentos, tecnologia e inovação para contribuir com a melhoria da mão de obra, que ainda é escassa.
Além da experiência, Eliana coleciona reconhecimento e prêmios. Formada atualmente em Gestão Pública, conquistou o segundo lugar no prêmio “Mulher Empreendedora” promovido pelo SEBRAE em 2023. Ela também festeja os 25 anos de casamento e o prato do almoço que deu certo e não queimou, apesar da entrevista.
Siga Eliana nas redes sociais. Ela mostra a receita do pato ensopado no TikTok.
A Prefeitura de Manaus recuou da tentativa de aprovar o Projeto de Lei nº 242/2025, que tornaria obrigatório o uso do cartão PassaFácil por idosos no transporte coletivo. A proposta foi retirada da pauta pelo líder do prefeito, vereador Eduardo Alfaia, após críticas no plenário. Parlamentares de diversos partidos chamaram o projeto de retrocesso. O Executivo justificou a medida como forma de combater fraudes, mas reconheceu a necessidade de mais diálogo.
O candidato à Prefeitura de Caapiranga em 2024, Francimar Ramalho, teve as contas de campanha desaprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM). A Corte identificou omissão de despesas com serviços contábeis e advocatícios custeados com recursos do fundo eleitoral. As irregularidades representaram 58,45% do total declarado, superando o limite permitido pela Justiça Eleitoral. O juiz Marco Aurélio Palazzi Palis determinou a devolução de R$ 12 mil ao Tesouro Nacional.
A ministra Maria Isabel Gallotti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou o recurso apresentado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) contra decisão da Justiça de Minas Gerais que o condenou a pagar indenização por danos morais no valor de R$ 30 mil à deputada federal Duda Salabert (PDT-MG), por declarações consideradas transfóbicas.
A Prefeitura de Rorainópolis (RR) firmou contrato de R$ 1.321.350,00 para aquisição eventual de redes de dormir e mosquiteiros, conforme publicação no Diário Oficial dos Municípios desta terça-feira (10). A contratação foi feita por adesão à Ata de Registro de Preços nº 016/2023 com a empresa D.S. Empreendimentos Ltda, que atende à Secretaria de Bem Estar Social. A empresa atua principalmente com desenho técnico, mas também comercializa artigos de cama, mesa e banho.
A Prefeitura de Uarini firmou contrato no valor de R$ 1,2 milhão com a empresa Lima Construção Ltda para execução de serviços de recuperação de ruas em concreto e operação tapa-buraco com asfalto frio. A contratação foi realizada pela gestão do prefeito Marcos Martins. A empresa, também conhecida como Rocal Engenharia, tem sede em Manaus, capital social de R$ 1 milhão e é administrada por Carlos Alberto Pereira de Lima
Deixe um comentário