“Se quiserem me cassar, que cassem, mas a população vai dar a resposta”, diz Rodrigo Guedes

O vereador Rodrigo Guedes (PP) afirmou nesta quarta-feira (9/4) que não teme um eventual processo de cassação por parte da Câmara Municipal de Manaus (CMM) e voltou a dizer que sua atuação política se baseia na transparência e na exposição de votos e posicionamentos dos parlamentares. As declarações foram feitas em entrevista coletiva concedida após uma sessão marcada por embates entre os vereadores.

“Eu não sou escravo de política. Se quiserem me caçar, lógico que eu não quero, mas medo, não”, disse Guedes. “Se forem abrir processo, eles têm que aguentar a população contra eles. Não sei se vão aguentar.”

Durante a entrevista, Guedes criticou o que chamou de “forma antiga” de fazer política e destacou que sua atuação nas redes sociais é uma forma legítima de prestar contas à população. “Eu mostro votos, posicionamentos, omissões. Quem julga é o povo”, afirmou.

O vereador também respondeu às acusações feitas por Renato Lima (Podemos), que o acusou de ter atacado seu filho nas redes sociais. Guedes negou qualquer envolvimento e considerou a acusação uma tentativa de criar uma narrativa para desviar o foco da falta de apoio à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

“Eu nunca ataquei criança nenhuma, muito menos com deficiência. Isso é uma desumanidade. Eles sabem quem foi o autor intelectual disso. Era adversário da deputada [Joana Darc] e ela sabe disso”, disse Guedes, acrescentando que, mesmo após o episódio, manteve contato normal com a deputada, o que, segundo ele, prova que não houve ofensa.

Ainda sobre Joana Darc, o vereador também negou ter feito ataques relacionados ao parto da deputada e explicou que sua participação em uma enquete do portal Amazonas1 foi interpretada de forma distorcida. “A pergunta era sobre políticos usarem o SUS. Em nenhum momento citei deputada, mulher ou qualquer nome”, pontuou.

Ao final da coletiva, Guedes reafirmou que continuará atuando com transparência. “Se depender de mim, aqui não vai ser o chazinho das cinco. Se quiserem me caçar, eu respondo, mas a população também vai dar uma resposta a eles.”

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