Segundo o governo, a condução do movimento por membros dos sindicatos, todos ligados ao partido Comunista do Brasil (PC do B), revelou um interesse maior em manter a greve, e com isso o desgaste político do governo, do que conquistar um reajuste para a categoria.
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“Este tipo de coisa eu não vou permitir que aconteça. Que faça uso político de um movimento de gente que se diz representante dos professores e que tenta usar os professores como massa de manobra” as palavras duras de Wilson Lima, dirigidas aos líderes sindicais e políticos ligados a eles, durante a coletiva nesta quinta-feira (01), é uma resposta ao que o governo considerou manipulação política por parte dos representantes da greve.
Segundo o governo, a condução do movimento por membros dos sindicatos, todos ligados ao partido Comunista do Brasil (PC do B), revelou um interesse maior em manter a greve, e com isso o desgaste político do governo, do que conquistar um reajuste para a categoria.
No dia 18 de maio, a categoria apresentou um ofício no qual propôs um reajuste de 25%, sendo 10,54% referente a 2022; aproximadamente 7% referente a 2023 e 7,56% de retroativo dos reajustes de 2020 e 2021, que deveriam ser concedidos de forma imediata ainda este ano, entre outros benefícios.
A proposta inicial, segundo membros do governo, é algo inexequível e os líderes comunistas sabiam disso e mesmo assim insistiram e manipularam parte dos professores a acreditarem na narrativa.
Na ocasião o governo fez a contraproposta para que fosse pago imediatamente 8% de aumento além da progressão vertical da categoria, o abono das faltas dos grevistas e um acordo judicial que poria fim à greve e ao processo que tramita na justiça, e os grevistas não aceitaram.
Dois dias antes da segunda rodada de negociações, dia 27 de maio, os líderes comunistas, que também representam a categoria no movimento grevista, se reuniram com o senador Eduardo Braga (MDB), conhecido opositor ao governo Wilson Lima, a quem já enfrentou nas urnas por duas oportunidades e saiu derrotado. Uma publicação nas redes sociais do Senador registra o encontro com militantes do PC do B, antigos aliados.
Senador Eduardo Braga (MBD) com líderes da greve dos professores. Foto: reprodução
A segunda rodada de negociação aconteceu então no dia 29 de maio, na sede do governo. O representante do estado fez uma nova proposta de 14% de reajuste sendo 8% pagos de imediato e 6% em julho do ano que vem (2024), além do pagamento de outros benefícios. Os sindicatos então apresentaram uma contraproposta pedindo 8% de reajuste imediato (igual ao proposto pelo governo); outros 3% ainda este ano, no dia do servidor público (28/10); e 4,19% em dez/2023 completando 15,19%.
Em resumo, a diferença da proposta do governo em relação ao comando de greve se resumiu a 1,19% e o escalonamento do pagamento, no qual o sindicato insistia em receber tudo em 2023 e o governo propôs que parte fosse pago no ano que vem.
Os manifestantes pediram ainda que o governo avaliasse a possibilidade de oferecer 10% de aumento do ticket, para incluir na LOA de 2023, passando a vigorar em 2024.
A certeza e irritação do governo com o viés político do movimento grevista veio após a terceira rodada de negociações que aconteceu na última quarta-feira (31). O governo anunciou aos representantes que aceitaria a contraproposta apresentada pelo Sindicato na reunião do dia 29, de reajuste de 15,19%, com uma única diferença, que o pagamento de 4,19% ao invés de dezembro de 2023 fosse feito em maio de de 2024. Para surpresa do governo, na hora de fechar o acordo e retomar as aulas paradas há quase 20 dias, os líderes sindicais decidiram rejeitar a proposta feita por eles mesmos, voltando a exigir os 25% do início das negociações, o que fez o governo anunciar em coletiva 8% da data-base de 2022 e a substituição de professores grevistas por professores temporários contratados em caráter emergencial.
“a gente não pode prejudicar alunos, depois de um processo duro de pandemia, que eles tiveram que ficar fora da sala de aula e de crianças que vão para a escola em busca da primeira refeição do dia e de pais que trabalham e confiam na escola de tempo integral para deixar a criança e eles possam ter tranquilidade pra ir ao trabalho. Não é justo que isso continue acontecendo no estado do Amazonas”, declarou Wilson Lima. Veja o Vídeo:
RELAÇÕES POLÍTICAS
A relação do PC do B no Amazonas com o senador emedebista é antiga. Suas principais lideranças no estado ocuparam secretarias e posições de destaque nos dois governos de Braga, entre 2003 e 2009. Além de ter contado com seu amplo apoio para eleger a primeira senadora comunista do Amazonas, Vanessa Grazziotin (PCdoB) em 2010, derrotando o favorito naquele pleito, o então senador de oposição ao governo Lula, Arthur Virgílio (PSDB).
Na eleição de 2022, Ana Cristina fez campanha para Eduardo Braga. Veja a foto:
Cleber de Oliveira Ferreira, filiado ao PC do B, atual vice-presidente do Sinteam, já foi candidato a vereador pelo partido comunista, mas não conseguiu êxito na disputa.
Em fotos do ano passado (2022), pela campanha, à deputada estadual da professora Ana Cristina, também filiada ao PC do B, Cleber aparece em apoio à atual presidente do Sinteam.
Outro político, antigo apoiador do senador Eduardo Braga no interior do estado, o deputado federal Sidney Leite, entrou na estratégia de usar a pauta dos professores para desgastar a imagem do governo. Em vídeo gravado com as lideranças da greve ele diz que os mesmos não conseguem ser recebidos pelo governo do estado, que não acontece, pois nos dias 27 e 29 de maio as lideranças foram recebidas na sede do Governo. Confira o vídeo:
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A Prefeitura de Manaus recuou da tentativa de aprovar o Projeto de Lei nº 242/2025, que tornaria obrigatório o uso do cartão PassaFácil por idosos no transporte coletivo. A proposta foi retirada da pauta pelo líder do prefeito, vereador Eduardo Alfaia, após críticas no plenário. Parlamentares de diversos partidos chamaram o projeto de retrocesso. O Executivo justificou a medida como forma de combater fraudes, mas reconheceu a necessidade de mais diálogo.
O candidato à Prefeitura de Caapiranga em 2024, Francimar Ramalho, teve as contas de campanha desaprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM). A Corte identificou omissão de despesas com serviços contábeis e advocatícios custeados com recursos do fundo eleitoral. As irregularidades representaram 58,45% do total declarado, superando o limite permitido pela Justiça Eleitoral. O juiz Marco Aurélio Palazzi Palis determinou a devolução de R$ 12 mil ao Tesouro Nacional.
A ministra Maria Isabel Gallotti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou o recurso apresentado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) contra decisão da Justiça de Minas Gerais que o condenou a pagar indenização por danos morais no valor de R$ 30 mil à deputada federal Duda Salabert (PDT-MG), por declarações consideradas transfóbicas.
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