Segundo o MPF no Amazonas, sócios ‘laranjas’ foram utilizados para ocultar verdadeiros controladores da Marshal Vigilância; fraude foi verificada entre 2000 e 2011
Venha fazer parte do nosso grupo do Whatsapp e receba em primeira mão as notícias do momento!
Manaus | AM | Com informações da assessoria de imprensa
O Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas denunciou três sócios da Marshal Vigilância e Segurança e outros três sócios ‘laranjas’ da mesma empresa por sonegação de mais de R$ 24 milhões em contribuições previdenciárias e outras contribuições sociais. Inicialmente, apenas dois sócios haviam sido denunciados, mas as investigações apontaram a responsabilidade de sócia oculta e de outras pessoas que foram formalizadas como sócias para ocultar os verdadeiros controladores da empresa, e o MPF fez aditamento à denúncia inicial, incluindo os demais responsáveis na ação penal.
A fraude foi identificada a partir de representação feita ao MPF por um vigilante, apontando que a Marshal Vigilância descontava as contribuições previdenciárias dos funcionários e não as repassava à Previdência Social. O relato foi acompanhado de contracheques do vigilante e do espelho de consulta do Cadastro Nacional de Informações Sociais (Cnis). Após requisição de informações da Receita Federal e da Procuradoria da Fazenda Nacional, o MPF identificou que, desde 2000, a empresa omitia informações à Previdência Social para pagar valores menores como contribuição.
Na denúncia apresentada à Justiça Federal, o MPF aponta que, pelo menos desde 2004, a fraude era de conhecimento dos controladores da empresa, considerando que, naquele ano, Josafá Aranha, na condição de representante legal da Marshal Vigilância, requereu o parcelamento de dívida de mais de R$ 1 milhão decorrente de declaração incorreta de contribuição previdenciária. Apesar do conhecimento da situação por parte do controlador, a fraude persistiu, pelo menos, até 2011.
Sócios ‘laranjas’
No decorrer do período em que foram identificadas fraudes previdenciárias, cinco pessoas foram registradas como sócias da Marshal Vigilância: Josafá Aranha, Jéferson Anjos, Miguel Duarte, José dos Anjos Filho e Edvaldo Santos.
A investigação do MPF apontou que, mesmo diante das mudanças no quadro societário da empresa, três pessoas seguiam como sócias ocultas: Josafá Aranha, Jéferson Anjos e Jaqueline Aranha. Josafá e Jéferson, mesmo após a saída formal do quadro societário, continuaram a gerir contas bancárias da Marshal. Jaqueline, filha de Josafá, embora não tenha aparecido como sócia formal, administrou 12 contas bancárias da empresa entre 2005 e 2020.
Além das fraudes em contribuições previdenciárias e sociais, os réus usaram documentos ideologicamente falsos em 2010, quando registraram alteração do contrato social da Marshal Vigilância na Junta Comercial do Amazonas (Jucea), com a inclusão de sócios ‘laranjas’, e em 2011, quando apresentaram defesa administrativa da empresa junto à Receita Federal, utilizando contrato social com falsidade ideológica quanto aos reais sócios da Marshal Vigilância.
Na ação penal, o MPF pede a condenação dos seis réus por apropriação indébita previdenciária e sonegação de contribuição previdenciária, crimes previstos nos artigos 168-A e 337-A do Código Penal, e por crime contra a ordem tributária, previsto no artigo 1º, incisos I e II da Lei n. 8.137/1990. A denúncia inclui também o pedido de condenação por uso de documento falso e falsidade ideológica, conforme os artigos 304 e 299 do Código Penal.
A ação tramita na 4ª Vara Federal no Amazonas, sob o n. 0020262-76.2018.4.01.3200.
O procurador-geral do MPAM, Alberto Rodrigues do Nascimento Júnior, foi condecorado pelo Grupo Ser Educacional em homenagem aos 30 anos da Uninorte. Junto a 19 autoridades, ele foi reconhecido por suas contribuições à educação. Alberto dedicou a homenagem aos membros do MPAM, destacando o compromisso da instituição com a defesa da ordem jurídica e da educação.
Nesta semana, o Comitê de Defesa da Amazônia (Condefesa) foi criado na FIEAM em Manaus, com o objetivo de integrar a indústria de defesa da região às Forças Armadas. Focado em temas como segurança cibernética e tecnologias sustentáveis, o Condefesa visa promover o diálogo entre setores e gerar empregos. Sua estrutura inclui um presidente, um vice, um diretor-executivo e conselheiros civis e militares.
O Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) anunciou a criação do Comitê de Enfrentamento às Queimadas no Controle Externo, durante a 33ª Sessão Ordinária. Aprovada por unanimidade, a iniciativa visa intensificar o controle e combate às queimadas no Amazonas, especialmente na seca. O comitê, composto por seis membros, avaliará a eficiência de programas ambientais e promoverá ações integradas entre estado e municípios para aprimorar as políticas de combate às queimadas e monitorar a legislação ambiental.
Uma carreata em Coari, chamada “Carreata da Gratidão”, mobilizou cerca de 30 mil pessoas, incluindo 12 mil motocicletas e diversos carros de passeio. O evento, que durou aproximadamente duas horas, percorreu dez bairros da cidade e teve a presença de Adail Pinheiro, seu filho Emanoel (candidato a vice-prefeito), do deputado federal Adail Filho, do atual prefeito Keitton Pinheiro, além de vereadores e outras autoridades locais. A mobilização ocorreu após o registro de candidatura de Adail Pinheiro ser deferido.
O TRE-AM rejeitou o registro de candidatura de Marquinhos Macil (MDB) para a eleição de prefeito de Apuí, impedindo-o de concorrer. A decisão, tomada em 12 de setembro, baseou-se em irregularidades nas contas de sua gestão e condenação por improbidade administrativa, conforme impugnações apresentadas pelo MP eleitoral, pelo PL e por um candidato a vereador.
Deixe um comentário