A decisão foi proferida pela juíza Aline Cristina Breia Martins, da 3ª Vara Cível e Empresarial de Marabá, em resposta a uma ação do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA)
Venha fazer parte do nosso grupo do Whatsapp e receba em primeira mão as notícias do momento!
A Justiça do Pará determinou a suspensão imediata do contrato de compra de um veículo blindado no valor de R$ 474.800,00, destinado ao prefeito de Marabá, Toni Cunha (PL). A decisão foi proferida pela juíza Aline Cristina Breia Martins, da 3ª Vara Cível e Empresarial de Marabá, em resposta a uma ação do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA).
A ação questiona a falta de planejamento orçamentário e a ausência de estudos sobre o impacto financeiro da aquisição. Segundo o MPPA, o contrato foi firmado sem considerar a real necessidade do município, que enfrenta dificuldades em setores essenciais como saúde e infraestrutura. Além disso, a Controladoria Geral do Município (CONGEM) alertou sobre a insuficiência orçamentária para a compra, mas a recomendação foi ignorada pela gestão municipal.
O contrato foi assinado em 19 de fevereiro deset ano, com a previsão de entrega do veículo em até 150 dias e pagamento programado para ocorrer após a entrega. A Prefeitura argumenta que a adesão à Ata de Registro de Preços do Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI) era a melhor alternativa para garantir segurança ao chefe do Executivo, evitando um processo licitatório mais demorado e oneroso.
Entretanto, a magistrada avaliou que o pagamento do valor previsto sem comprovação de impacto financeiro poderia gerar prejuízo irreversível aos cofres públicos. “Caso o pagamento seja efetivado, eventual reversão da despesa será excessivamente onerosa e complexa, demandando medidas administrativas e judiciais para recomposição do erário”, afirmou a juíza.
Com isso, determinou a suspensão do contrato até que a Prefeitura apresente a estimativa do impacto orçamentário e a adequação financeira da compra, conforme exige a Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000, art. 16).
“Preenchidos os requisitos de probabilidade do direito e de risco de dano irreparável, entendo que a urgência da medida cautelar está devidamente demonstrada”, declarou a magistrada.
A decisão também estabelece que os réus sejam intimados para cumprimento imediato, enquanto o Ministério Público tem 30 dias para complementar a argumentação e confirmar o pedido de tutela final, conforme prevê o Código de Processo Civil (art. 308).
“Intime-se o autor para aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final”, determinou a juíza.
Leia mais: Alepa aprova revogação de lei que afetava educação indígena no Pará
O governador Antonio Denarium exonerou Régys Freitas do cargo de controlador-geral do Estado após determinação da Justiça, a pedido da PF, que o investiga por desvio de mais de R$ 100 milhões na Uerr. Já Dilma Costa foi exonerada da presidência do Iteraima após ação do MPRR, sendo investigada por irregularidades fundiárias e atos de improbidade. Ambos os atos foram publicados no Diário Oficial de 8 de abril.
O MPAM instaurou dois procedimentos para fiscalizar a gestão do prefeito de Envira, Ivon Rates (MDB). Um apura a nomeação de James Pinheiro como controlador da Câmara Municipal, que pode ser exonerado se não comprovar formação exigida. O outro investiga falhas no transporte escolar, com prazo de 10 dias para a Secretaria de Educação prestar esclarecimentos.
A Prefeitura de Apuí homologou contrato de R$ 1,9 milhão com a Sigma Engenharia para a construção de uma nova Unidade Básica de Saúde (UBS). A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município (Doma), após licitação sem pendências legais.
Débora Mafra foi nomeada Ouvidora Adjunta da Guarda Municipal, conforme publicado no Diário Oficial do Município, substituindo Jean Carlos Paula Rodrigues, exonerado na mesma edição. O ex-vereador Gedeão Amorim também foi nomeado, assumindo o cargo de subsecretário executivo de Projetos da Prefeitura de Manaus.
O controlador-geral de Roraima foi exonerado após ser ligado novamente a um esquema de desvio de mais de R$ 100 milhões da UERR, quando era reitor. A nova fase da operação da PF investiga 11 pessoas, incluindo o atual reitor, Claudio Travassos. Há suspeitas de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Foram apreendidos valores em espécie, inclusive em dólares e euros, e bens foram bloqueados. O governo afirma colaborar com as investigações.
Deixe um comentário