Segundo os deputados, a decisão do governador Antonio Denarium representa uma tentativa de proteger uma figura envolvida em graves irregularidade
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A nomeação de Dilma da Costa, ex-presidente do Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima), para um cargo de diretoria na Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh), gerou críticas contundentes por parte de deputados estaduais durante a sessão da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), realizada nesta terça-feira (13).
O presidente da Casa, Soldado Sampaio (Republicanos), e os deputados Jorge Everton (União) e Renato Silva (Podemos) manifestaram descontentamento com a decisão do governador Antonio Denarium (Progressistas), que, segundo eles, representa uma tentativa de proteger uma figura envolvida em graves irregularidades.
Dilma da Costa está sendo investigada pela CPI das Terras, que apura fraudes na emissão de títulos de terras no sul do Estado, além de ser condenada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o que a impede de assumir cargos federais. Para os deputados, a nova nomeação de Dilma para a Femarh é inadequada, considerando as investigações em curso.
A CPI das Terras, que apura os casos de grilagem de terras no sul do Estado, já ouviu diversas testemunhas e apontou a participação de Dilma em irregularidades. Para os deputados, as evidências obtidas até o momento indicam seu envolvimento em fraudes que prejudicaram milhares de famílias. O presidente da ALE-RR, Soldado Sampaio, afirmou que a decisão de Denarium é “estranha” e anunciou que tomará providências, incluindo o acionamento da Procuradoria Jurídica da Casa, a fim de barrar a nomeação.
“É preocupante. A CPI das Terras foi clara, com provas concretas das falhas e do envolvimento de Dilma na grilagem de terras. O governador deveria ter tomado outra atitude. Esse remanejamento soa como um ‘arrumadinho’ para proteger quem está sendo investigado. Precisamos agir. Não podemos permitir que o governo faça vista grossa para o que está acontecendo”, declarou Sampaio.
O deputado Jorge Everton reforçou a crítica, destacando que Dilma não tem condições de assumir qualquer cargo público, dada a gravidade das investigações em seu desfavor. “É um absurdo. Ela foi exonerada por denúncias graves e agora é nomeada para um novo cargo. Não podemos aceitar isso. Vamos buscar uma solução jurídica para afastá-la do governo”, afirmou o parlamentar.
Renato Silva, por sua vez, lembrou que Dilma já havia sido condenada pelo TCU e que sua nomeação para a Femarh é um desrespeito à lei. “O governador perdeu o respeito pela ordem e pela justiça. A ex-presidente do Iteraima está sendo investigada, e agora recebe um novo cargo no governo. Isso é um escândalo”, concluiu Silva.
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Pela primeira vez desde 2022, petistas e bolsonaristas aparecem empatados em apoio popular, com 35% cada, segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 10 e 11 de junho. A queda dos petistas coincide com a crescente reprovação ao governo Lula, enquanto o apoio a Bolsonaro se mantém estável, mesmo após seu julgamento no STF. O levantamento ouviu 2.004 pessoas em 136 cidades do país, com margem de erro de dois pontos percentuais.
A Prefeitura de Manaus contratou, sem licitação, a empresa MIRAX Segurança LTDA. por R$ 20,7 milhões para serviços de vigilância armada e desarmada. A dispensa se baseia na nova Lei de Licitações, alegando situação emergencial. O contrato visa proteger bens públicos e garantir o funcionamento dos órgãos municipais. A empresa é sediada em Manaus e atua desde 2019 no setor de segurança privada.
O Banco Central elevou a Selic para 15% ao ano, maior nível desde 2006, visando conter a inflação persistente. A medida, porém, encarece o crédito, reduz o consumo e pode comprometer o crescimento econômico. O BC projeta um PIB de 1,9% em 2025, abaixo da estimativa de 2,2% do mercado. A alta da taxa pode pressionar ainda mais a atividade econômica no país.
O conselheiro Josué Cláudio, do TCE-AM, deu prazo de cinco dias úteis para que a Câmara de Manaus se manifeste sobre possíveis irregularidades na tramitação da LDO 2026. A representação, feita pelo vereador José Ricardo, aponta ausência de audiências públicas. O pedido de medida cautelar foi negado inicialmente. A decisão está publicada no Diário Oficial nº 3574, de 16 de junho.
A Prefeitura de Manaus recuou da tentativa de aprovar o Projeto de Lei nº 242/2025, que tornaria obrigatório o uso do cartão PassaFácil por idosos no transporte coletivo. A proposta foi retirada da pauta pelo líder do prefeito, vereador Eduardo Alfaia, após críticas no plenário. Parlamentares de diversos partidos chamaram o projeto de retrocesso. O Executivo justificou a medida como forma de combater fraudes, mas reconheceu a necessidade de mais diálogo.
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